quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Dia 25 – 26/jan/2009

Saímos bem cedo do hotel e rumamos para o Brasil. Corria tudo bem nos primeiros 15 km de viagem, até que fomos parados em uma blitze policial.


Eram dois ‘oficiais’, e o mais velho que nos ‘atendeu’ pediu os documentos das motos e os nossos. Conversou um pouco sobre a viagem, quando o policial que nos atendeu veio falando que as motos estavam apreendidas porque havíamos cometido uma infração de trânsito de excesso de velocidade a poucos km e que essa infração na Argentina era passível de multa, apreensão das motos, dos documentos e tudo mais que pudesse fazer para impedir nossa viagem.


Falou ainda que a multa era cerca de 1.500,00 pesos e que os policiais recebiam metade deste valor. Ainda que nossas CNH seriam apreendidas e seriam remetidas aos nossos endereços no Brasil, e por isso teríamos ainda que conseguir alguém que pudesse levar as motos embora.


Depois de muito suspense, mais de uma hora de justificações e conversas, o policial solicitou a presença do Gú perto da viatura, onde então tivemos a certeza de que eles queriam algum “regalo” (presente, dinheiro no caso). O outro policial veio até mim para mostrar no Código de Trânsito deles onde constava sobre a multa por excesso de velocidade. Mas quando eu pedi o Código para dar uma olhada, ele não permitiu.

A conversa perdurou por mais um tempo, explicamos nossa situação de falta de dinheiro e problemas no cartão e por isso só tínhamos em mãos 100,00 pesos. Conversamos mais e o oficial pediu os 100,00 pesos que tínhamos para podermos seguir viagem. Ta certo que ele queria no início algo em torno de 1.500,00 pesos, mas ficou feliz com os 100,00 que tínhamos.

Toda a boa imagem que havíamos guardado da Argentina no quesito policiais se desfez, caiu por terra, por conta deste FDP.

Seguimos viagem vagarosamente, seguindo as km indicadas nas placas de sinalização e fizemos mais um abastecimento e comemos alguma coisa se fazendo por almoço.


Mais uns poucos km, onde resolvemos acelerar para sair logo da Argentina e a moto passou a consumir mais combustível, e por isso acabamos por parar mais uma vez em Puerto Iguazú para um último abastecimento, e onde eles aceitavam Reais. Fiz uso de minhas moedas que me acompanharam por toda a viagem devido à impossibilidade de fazer a troca de moeda por dinheiro.

Passamos pela aduana argentina e facilmente entramos no Brasil, sem burocracia, e devido à facilidade, o Gú perguntou para um policial brasileiro, se estava certo ou se tinha mais alguma coisa a se fazer para entrar no país, e o oficial respondeu: “podem ficar tranqüilos, agora vocês estão em casa!”

E o Gú ainda perguntou se não haveria mais polícia argentina, e o policial apenas sorriu e disse que poderíamos seguir tranqüilos.

Na entrada em Foz do Iguaçu, por ser uma cidade muito turística, um guia nos encontrou e passou toda a informação que precisamos. Ficam guias na entrada da cidade para isso, dar as informações aos turistas. E ele ainda nos guiou até um bom Hotel e nos ajudou a marcar de ir conhecer o Paraguay em uma van. E tudo isso sem custo para nós. Os custos ficam a cargo de para quem os guias indicam os serviços.

Como já era tarde, nos restou comer alguma coisa e ir pro quarto, já que passaríamos mais de um dia em Foz, poderíamos colocar as malas das motos em ordem e dar uma revisão e troca de óleo nas furiosas.

Fomos dormir tranqüilos, pois os problemas com o cartão haviam acabado e só restava esperar pelo dia seguinte para conhecer o Paraguay.

Km. Dia: 312,10









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