Saímos de Caleta Oliva já pensando que poderíamos ter problema com combustível. Foi nessa cidade que avistamos o Oceano Atlântico pela última vez.
Depois de poucos 136 km, acabou o combustível e lá se foram os 5 litros do galão reserva. Essa de andar contra o vento faz a motoca gastar muito mais.
Mais 77 km e paramos de novo. No meio do nada e perto de lugar nenhum. O último posto que constava no mapa, estava fechado e isso atrapalhou nosso planos.
Minha moto estava com nada de combustível, e a do Gú ainda tinha um restante. Mas era a dúvida se daria pra chegar na próxima cidade ou se ele ficaria parado mais pra frente.
Porém, depois de muito esperar, e pedir algumas ajudas, nem tudo está perdido. Quando desponta no horizonte algo que parecia ser uma camionete grande e nova o Gú fala que não precisa nem pedir ajuda que não iria parar. E qual não foi a surpresa quando a Mitsubishi Pajero parou e se protificou a levar um de nós até a próxima cidade para buscar gasolina.
O Gú foi e eu fiquei esperando ele rodar o trajeto de ida e volta de mais de 100 km em caronas.
Quando de volta o Gú relatou que foi conversando com o motorista da camionete que estava com a esposa e um filho bebe. E, pra voltar do posto até onde estávamos, foi meio complicado encontrar um taxista que se dispusesse a levar, meio que desconfiados de um brasileiro com litros de gasolina.
Resolvido o problema da gasolina, seguimos viajem até Gobernador Costa e enchemos o tanque, e depois aceleramos até Tecka, onde o único posto da cidade não tinha combustível. Seguimos então para Esquel, numa pequena volta, onde completamos os tanques das motos e os galões de reserva.
Esquel é uma cidade fora da rota, que normalmente não é passagem. E não é que lá encontramos com os paulistas com quem havíamos esbarrado por todo o percurso e nos separamos por caminhos distintos na saída de El Calafate, onde eles pegaram a Ruta 40 e nós demos a volta pela Ruta 3. E por acaso nos encontramos ali, fora da rota, para abastecer as motos.
Dali em diante resolvemos seguir juntos até Bariloche, mesmo que pra isso fosse necessário viajar durante a noite.
E como fez frio neste trajeto para Bariloche. Agora, o grupo de 5 motos subia e descia montanhas em estradas a noite, com muitas curvas, uma névoa forte e um frio intenso. Rodamos até que chegamos em Bariloche e conseguimos um bom hotel, perto do centro, para todos.
Pouco mais de meia noite e a cidade estava deserta. Apesar do verão, o frio era intenso, próximo de 3 graus. Nada para comer, nem no hotel. Só restava dormir e esperar pelo dia “desayuno” (café da manhã).
E descobrir que o café da manhã era fraquíssimo.
Km dia: 920,90
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